Quem Somos
Somos um grupo formado por terapeutas ocupacionais, que diante da alta demanda por profissionais da área e baixa oferta nos serviços disponíveis criamos uma plataforma com o objetivo de facilitar o contato entre profissionais e pacientes.
Todos os profissionais cadastrados em nossa plataforma possuem como ideologia principal o foco no ser humano e suas especificidades.
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Atuação da Terapia Ocupacional na Assistência Domiciliar
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A assistência domiciliar consiste em prover a atenção à saúde a indivíduos com doenças crônicas de qualquer idade, que sejam dependentes de assistência em seu domicílio, proporcionando condições para tratamento efetivo (ALBUQUERQUE, 2003). CARLO; BARTALOTTI e PALM (2004) citam que o processo de adoecimento e de hospitalização pode representar uma ruptura significativa do cotidiano e uma desestruturação dos papéis sociais.
Essa assistência visa à promoção, manutenção e/ou restauração da saúde da pessoa dependente, com o objetivo de favorecer sua independência e preservar sua autonomia (RODRIGUES e ALMEIDA, 2005). A disfunção ocupacional de acordo com Mello e Mancini (2007) é a dificuldade que um indivíduo pode ter para a realização de suas atividades, sendo neste ponto que o terapeuta ocupacional encontra o seu principal alvo de intervenção.
Segundo Kane; Ouslander e Abrass (1985), os terapeutas ocupacionais se detêm nas capacidades funcionais, especialmente nas que se relacionam com as atividades diárias. Mesmo quando a mobilidade e as funções permanecem prejudicadas, as terapêuticas ocupacionais podem tornar a vida mais fácil para esses pacientes.
O presente trabalho trata-se de uma análise descritiva da atuação da terapia ocupacional em âmbito domiciliar, através da prestação deste serviço por empresas privadas. A assistência é realizada no domicílio, com frequência determinada e plano de cuidados estabelecidos de acordo com a indicação clínica. As sessões enfatizam orientações, indicação da tecnologia assistiva, estimulações, treino funcional, execução de atividade e jogos. O indivíduo é motivado a participar ativamente do seu tratamento.
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A Terapia Ocupacional
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É importante para o retorno à vida ativa, melhoria na qualidade de vida, ganho de independência e resgate da história do indivíduo, que interfere positivamente em seu quadro clínico. Sendo que o espaço terapêutico é a casa do paciente, tal fato amplia o olhar para a realidade do mesmo e de seus cuidadores.
Os avanços, perdas ou estabilização dos quadros são mensurados por instrumentos quantitativos e qualitativos, como Mini-exame mental (Mini-mental), índice de Barthel, Índice de Katz, avaliação do histórico ocupacional e avaliação de ambiente.
Os objetivos desta intervenção envolvem avaliar, manter e recuperar a independência, função motora, sensorial e percepto-cognitiva, o desempenho em atividades de vida diárias e de vida prática, capacidade para resolução de problemas e o lazer.
Por meio de orientações, indicação da tecnologia assistiva, estimulações, treino, execução de atividade e jogos o indivíduo é motivado a engajar em seu tratamento, retomando suas atividades e, assim permitido um aumento em sua qualidade de vida.
Durante a assistência o enfoque da intervenção pode ser direcionado para os componentes de desempenho que se apresentam deficitários e que estão dificultando a realização das atividades do indivíduo (força muscular, sensibilidade, memória, atenção, habilidades sociais e outros) ou trabalhar o regate de uma atividade do seu histórico ocupacional. Para isso, o terapeuta ocupacional pode fazer uso de diversos recursos e atividades, tais como artesanais, lúdicas, artísticas, produtivas e funcionais. As atividades funcionais ou coadjuvantes são procedimentos, tarefas ou exercícios que favorecem as funções do membro superior e preparam o indivíduo para a realização posterior de outra atividade mais significativa (ANTONELI, 2003, MELLO, 2007).
Os resultados obtidos visam ganho de independência e autonomia nas atividades de vida diária e de vida prática, melhoria dos aspectos emocionais, sociais e comportamentais bem como estimulação da comunicação, das funções motoras finas dos membros superiores e as funções percepto-cognitivas afetadas.
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Pacientes submetidos à abordagem da terapia ocupacional domiciliar apresentam importante melhora da qualidade de vida. O terapeuta deve enfocar atividades que propicie o resgate da história do indivíduo, pois essas interferem positivamente em seu quadro clínico. Além disso, observa-se que o espaço terapêutico, domicílio, amplia o olhar para a realidade do paciente e de seus cuidadores.
O acompanhamento domiciliar favorece o resgate de atividades do histórico ocupacional do paciente, ganho de independência e autonomia nas atividades de vida diária e de vida prática, trabalha aspectos emocionais, sociais e comportamentais e estimulam à comunicação, as funções motoras finas dos membros superiores e as funções percepto-cognitivas afetadas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Albuquerque SMRL. Qualidade de vida do idoso: a assistência domiciliar faz a diferença? São Paulo: Casa do Psicólogo; 2003.
2. Rodrigues MR, Almeida RT. Papel do responsável pelos cuidados à saúde do dependente no domicílio: um estudo de caso. Acta paul. enferm. 2005;18(1):20-4.
3. MELLO, M.A.F.; MANCINI, M.C. Avaliação das atividades de vida diária e controle domiciliar. In: CAVALCANTI, A.; GALVÃO, C. Terapia Ocupacional: fundamentação e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007, p. 49-54.
4. CARLO, M.M.R.P.; BARTALOTTI, C.C.; PALM, R.D.C.M. A Terapia Ocupacional em reabilitação física e contextos hospitalares: fundamentos para a prática. In: CARLO, M.M.R.P.; LUZO, M.C.M. Terapia Ocupacional: reabilitação física e contextos hospitalares. São Paulo: Roca, 2004, p. 3-28.
5. MELLO, M.A.F. et al. Processo avaliativo em Terapia Ocupacional. In: CARLO, M.M.R.P.; LUZO, M.C.M. Terapia Ocupacional: reabilitação física e contextos hospitalares. São Paulo: Roca, 2004, p. 74- 98.
6. KANE, R.L.; OUSLANDER, J.G.; ABRASS, I.B. Imobilidade. In: KANE, R.L.; OUSLANDER, J.G.; ABRASS, I.B. O essencial em Clínica Geriátrica. São Paulo: Andrei, 1985, p. 153-175.
7. ANTONELI, M.R.M.C. Queimaduras. In: TEIXEIRA, E.; SAURON, F.N.; SANTOS, L.S.B.; OLIVEIRA, M.C. Terapia Ocupacional na Reabilitação Física. São Paulo: Roca, 2003, p. 534-550.
8. ARRIAGADA, S.; BACCO, J.L.; CARRASCO, P. Inmovilización Prolongada. Reumatologia, v. 13, n. 2, p. 37-47, 1997.